A Diretoria do Morro do Chapéu Golfe Clube vem comunicar aos seus Associados que foi recentemente surpreendida com uma correspondência da empresa Vale S/A datada de 06/09/21, consignando sua intenção de realizar audiência pública para validar um processo de Licenciamento para ampliação das Cavas das Minas Capitão do Mato, Tamanduá e pilha de estéril Extrativa para os próximos anos.
Em face da abusiva pretensão de suas atividades minerárias, eis que os projetos de ampliação se encontram vizinhos das cercanias do MCGC e nada lhe foi participado com antecedência, somente tomando conhecimento de referida audiência pública, na espécie virtual, agendada para o próximo dia 28 de Setembro de 2021 às 19:00 horas, sem o devido tempo hábil para avaliar tecnicamente as dezenas de milhares de páginas protocoladas pela VALE, assim como todas as consequências humanas e ambientais do projeto, o Morro do Chapéu vem consignar sua repulsa com ambiciosa ampliação e que não atende aos mínimos requisitos para manutenção do sistema aquífero da região, importando em grave ameaça à própria subsistência humana, inclusive em quebra/desequilíbrio grave do contrato mantido entre o Morro do Chapéu e a MBR (sucedida pela Vale S/A) de “Compromisso de Reabilitação Ambiental, Realização de Obras, Compensações Patrimoniais e Outras Avenças”.
Consigna ainda a Diretoria que apresentou em 16/09/21 uma Representação ao Ministério Público de Minas Gerais, narrando os graves fatos e consequências advindas de referida pretensão expansionista minerária, a fim de que sejam tomadas medidas efetivas na busca da preservação do meio-ambiente sustentável, bem como envida todos os esforços para buscar apoio técnico de alto nível na defesa da integridade da vida, já que referida expansão importará em risco às comunidades vizinhas das Minas, assim como risco de rebaixamento do lençol freático e comprometimento do abastecimento de água do Sistema Rio das Velhas, oriundo do mananciais dos FECHOS, RIO DO PEIXE e ao sistema de captação de água para Nova Lima, Belo Horizonte e demais cidades da Região Metropolitana.
Além da questão envolvendo ÁGUA, mostram-se completamente evasivas as mitigações propostas pela Vale quanto a ruído e poeira, além dos efeitos de detonações e seus efeitos para os moradores do MCGC e aumento desmensurado do trânsito nas BR’s 040/356.
A resistência a referido projeto depende do esforço de TODOS incondicionalmente.
Nova Lima, em 27 de setembro de 2021.